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Tratar a dor lombar é um dos principais motivos pelo qual nos procuram e uma das principais causas de visita ao médico em todo Mundo. É praticamente garantido que todos teremos pelo menos um episódio de dor lombar. Geralmente é definida como dor, tensão muscular ou rigidez localizada abaixo das costelas e acima das nádegas, com ou sem dor nas pernas (ciática). Os sintomas mais comuns de dor lombar inespecífica são dor e incapacidade [1].
 
Os sintomas mais comuns da dor lombar são:
  • Dor em barra horizontal ao fundo das costas;
  • Dor em barra vertical ao fundo das costas;
  • Dor tipo “facada” na lombar baixa;
  • Dor ao abaixar-se;
  • Dor ao fim de pouco tempo sentado e/ou ao levantar-se;
  • Dor irradiada para a perna (lombociatalgia);
  • Dificuldade em controlar os esfíncteres (neste caso, vá imediatamente às urgências!!)
 
Estes sintomas podem variar de intensidade e uma crise dolorosa não tem necessariamente de ser de gravidade extrema. Tão importante quanto adotar medidas para alívio da dor, é perceber o porquê dela ter aparecido. A partir do momento em que encontrar um profissional que o/a ajude a entender o porquê das suas dores será muito mais fácil – juntos – traçarem um plano para que lhe seja possível de forma independente eliminar as suas dores e gerir a sua condição física a longo prazo.
 

A coluna lombar

A lombar é complexa devido a vários fatores: as grandes alavancas que estão relacionadas com o seu movimento, a sobrecarga que nela é exercida por passarmos muito tempo (mal) sentados e também pela relação de interdependência com os órgãos que estão à sua frente (intestino delgado, intestino grosso, bexiga, útero, ovários, etc.) e com os quais estabelece relações de interdependência. Nessa perspetiva, a osteopatia tem técnicas que foram criadas a pensar nessa relação.

Como? Por exemplo os ovários estão ligados à lombar pelos ligamentos lombo-ováricos. Se a mecânica da lombar ou do aparelho reprodutor (quer na sua mobilidade, quer na sua motilidade), estiverem comprometidos, é altamente provável que isso gere dor lombar e sintomas como dores menstruais. O mesmo se aplica aos sintomas que os órgãos supra-citados também possam gerar, como por exemplo obstipação, azia, refluxo, etc..

A Osteopatia possui testes manuais que permitem perceber quais são as zonas realmente sintomáticas e/ou restritas que beneficiam do seu tratamento para alívio das tensões e consequentemente da dor.
 

Tenho dor lombar! Devo fazer um exame?

Anormalidades na radiografia e ressonância magnética e a ocorrência de lombalgia inespecífica não estão diretamente relacionados. Termos como “diminuição do espaço intervertebral”, “protusão discal”, “osteófitos”, “discopatia”, “degeneração discal”, etc., são termos considerados normais numa coluna que se encontra em permanente envelhecimento, não sendo na maioria dos casos esses achados que estão a provocar os sintomas [2].

Como saber qual a causa da minha dor lombar e como tratar?

Estudos indicam que o exame físico, no qual está incluída – entre outros – avaliação postural, testes de mobilidade e palpação é um excelente meio para se chegar a um diagnóstico.
 

Como tratar a dor lombar?

Para tratar a dor lombar, é necessária uma avaliação da fase da dor. Numa fase aguda, a osteopatia pode ter um papel fundamental no alívio do sintoma sem que, para isso, tenha de recorrer a fármacos (que também não são aconselhados de forma isolada).

O que não ajuda a tratar a dor lombar numa fase aguda são os exercícios como treino de força, alongamentos, mobilidade, etc., porém, estes exercícios são altamente recomendados a longo prazo.

Tanto na dor lombar crónica, como na dor lombar aguda, o repouso é considerado como prejudicial [3,4].
 

Importante!

Tão importante como a parte em que o Osteopata aplica o tratamento, é que exista durante a consulta um momento em que seja explicado ao paciente o porquê dele sentir dor. A origem da dor lombar é multifatorial, mas fazendo um bom exame físico e conhecendo a rotina e os hábitos do paciente, o Osteopata pode e deve informar o paciente de quais os hábitos que devem ser alterados e que podem “dar anos de vida” à sua coluna, sendo que na maior parte dos casos não estamos a falar de mudar radicalmente o estilo de vida, estamos a falar de mudar uma nuance na forma como se senta, na forma como se levanta da cama ou até na forma como respira. Parece simples e muitas vezes é. Por isso não tem de viver eternamente com dor. Fale com um especialista.
 
 
Referências
  1. Koes, B. W., van Tulder, M. W., & Thomas, S. (2006). Diagnosis and treatment of low back pain. BMJ (Clinical research ed.), 332(7555), 1430–1434. https://doi.org/10.1136/bmj.332.7555.1430
  2. Brinjikji, W., Luetmer, PH, Comstock, B., Bresnahan, BW, Chen, LE, Deyo, RA, Halabi, S., Turner, JA, Avins, AL, James, K., Wald, JT, Kallmes, DF, & Jarvik, JG (2015). Revisão sistemática da literatura das características de imagem da degeneração espinhal em populações assintomáticas. AJNR. American Journal of Neuroradiology , 36 (4), 811–816. https://doi.org/10.3174/ajnr.A4173
  3. Franke, H., Franke, JD. & Fryer, G. Tratamento manipulativo osteopático para dor lombar inespecífica: uma revisão sistemática e meta-análise. BMC Musculoskelet Disord 15, 286 (2014). https://doi.org/10.1186/1471-2474-15-286
  4. Dal Farra F, Risio RG, Vismara L, Bergna A. Effectiveness of osteopathic interventions in chronic non-specific low back pain: A systematic review and meta-analysis. Complement Ther Med. 2020 Nov 13;56:102616. doi: 10.1016/j.ctim.2020.102616. Epub ahead of print. PMID: 33197571.