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A Osteopatia Pediátrica (infantil) é uma área da Osteopatia que se dedica ao tratamento de variadas condições clínicas em bebés e crianças desde os primeiros dias de vida até aos 18 anos e é a área da Osteopatia que mais cresce em Portugal e no Mundo.

Deverá ser praticada apenas por Osteopatas devidamente credenciados e que possuam formação específica na área da Pediatria para que a sua prática seja segura e efetiva e que, desse modo, não coloque em risco o recém nascido/bebé/criança/adolescente e, ao mesmo tempo, seja capaz de oferecer um tratamento eficaz que corresponda às possibilidades de melhoria de dada condição.

A Osteopatia Pediátrica, possui evidência científica com resultados positivos comprovados, como, por exemplo, através dos estudos de CERRITELI (2013), que demonstram os benefícios da aplicação da Osteopatia em bebés prematuros, nomeadamente na diminuição do tempo de internamento pós-parto.

Do mesmo modo, existem outras condições da saúde dos bebés que podem ser tratadas com Osteopatia Pediátrica. Condições frequentes nos mais pequenos (felizmente muito menos graves), que afetam enormemente a qualidade de vida do bebé e dos seus pais, pois torna-os crianças mais agitadas e suscetíveis a mais cuidados e atenção, o que impacta não só a saúde dos pequenos, mas também a qualidade de vida familiar.

São exemplos disso as cólicas, a prisão de ventre, o refluxo, a dificuldade em dormir, a obstrução do canal lacrimal,o torcicolo, a irritabilidade, as plagiocefalias, etc..

Como é a abordagem da Osteopatia Pediátrica (infantil)?

À semelhança do que acontece na consulta de osteopatia para adultos, também nos mais pequenos a consulta em Osteopatia Pediátrica começa pelo profissional a analisar o pequeno paciente como um todo, ou seja, o Osteopata deverá ter a capacidade de identificar não só o “problema” a ser tratado, mas também investigar as possíveis causas para o aparecimento do sintoma em questão, para que assim consiga tratar a sua origem.

Nesta fase é necessário que seja descartada toda e qualquer condição de saúde que necessite, em primeiro lugar, de cuidados médicos, para que, de seguida, o osteopata possa intervir com segurança e no tempo certo.

Também é igualmente importante referir, que a abordagem médica e osteopática, não se excluem! Pelo contrário complementam-se e integram-se!! O Osteopata é um profissional de saúde treinado a interpretar os sinais e sintomas presentes e decidir se deve ou não intervir no caso que tem em mãos e se essa intervenção necessita de apoio de outra especialidade ou não.

Como é a consulta em Osteopatia Pediátrica (infantil)?

Vamos a alguns exemplos, para tornar mais fácil a compreensão!

Cólicas

Na maior parte dos casos, não estão associadas a nenhuma condição patológica de base, no entanto, são muitas vezes o terror de muitas famílias devido ao desconforto que geram no bebé!

Na consulta osteopática, este é um excelente exemplo da importância de avaliar a criança como um todo! Um bebé que tenha desconforto abdominal é muito importante avaliar como está a funcionar a cervical e os músculos da boca.

Porquê? Porque muitas vezes a sucção do bebé é ineficiente. Por “n” motivos, que são explorados em consulta, ele não consegue fazer um correto “ataque” ao seio da mãe e isso faz com que, ao ingerir o leite, fique muito cansado e engula muito ar. Ora, esse ar, poderá provocar dilatação abdominal e consequentemente dor e desconforto abdominal associado a cólicas.

Porém, esta não é a única causa das cólicas. Todos os bebés devem ser avaliados de forma INDIVIDUAL e este exemplo não deve ser interpretado como um protocolo. Apenas o demos para deixar vincada a importância de uma abordagem global, que tenha o intuito de chegar o mais perto possível da origem do problema.

Existem centenas de exemplos como este em que a Osteopatia se torna altamente eficaz devido à sua natureza global e que busca o entendimento de cada ser como um todo indivisível.

Torcicolo s e Plagiocefalias

Bebés que foram sujeitos a partos prolongados e difíceis e que muitas vezes estiveram durante horas em posições que, além de não favorecerem a expulsão, também eram desconfortáveis para o bebé, podem nascer com alterações no crânio e cervical que os conduzam a um diagnóstico de plagiocefalia, torcicolo congénito, obstrução do canal lacrimal ou otites por repetição.

Mais uma vez a Osteopatia Pediátrica aplica técnicas locais para que, dentro do possível naquele quadro clínico em específico, se consiga um alívio das queixas, mas não esquece a GLOBALIDADE do paciente.

Aquilo que é muito comum em bebés com sintomas/diagnóstico de alguma condição na cervical, como, por exemplo, torcicolo ou no crânio (como é o caso da plagiocefalia), é existir igualmente um mau funcionamento do aparelho digestivo.

Embora não aconteça em todos os casos, é comum coexistirem sintomas como cólicas, refluxo gastro-esofágico, obstipação, etc.

E qual é a relação entre uma coisa e outra?

Essa relação existe devido ao Nervo Vago, que é um nervo que se encontra no crânio e, ao longo do seu trajeto, passa pela cervical, até chegar às vísceras abdominais, onde tem um papel preponderante na qualidade da digestão.

Ou seja, bebés que tenham alterações a nível do crânio ou da cervical, estão mais sujeitos a desenvolver alterações digestivas. Em alguns casos, essas alterações no crânio e cervical, são evidentes, como quando existe uma plagiocefalia ou um torcicolo. No entanto, em outros casos estamos apenas a falar de leves restrições mecânicas, que podem ser diagnosticadas por um profissional treinado, como é o caso dos Osteopatas.

Nesses casos, a consulta em Osteopatia Pediátrica tem como objetivos aumentar a amplitude de movimento da cervical e reduzir o desconforto do bebé e pelas relações explicadas acima, tem também como consequência a melhoria do funcionamento do aparelho digestivo, além de constituir um ato preventivo na saúde músculo-esquelética daquele bebé, pois vai permitir que o mesmo cresça sem barreiras mecânicas e por isso de uma forma mais natural e saudável.

Em suma, a Osteopatia Pediátrica intervém de forma global no seu bebé, procurando um alívio tão rápido quanto possível das suas queixas, mas também atuando nas causas e consequências mecânicas do mesmo, constituindo assim uma prevenção para problemas de saúde futuros.


Referência:
  • Cerritelli F, Pizzolorusso G, Renzetti C, D’Incecco C, Fusilli P, Perri PF, Tubaldi L, Barlafante G. Effectiveness of osteopathic manipulative treatment in neonatal intensive care units: protocol for a multicentre randomised clinical trial. BMJ Open. 2013 Feb 20;3(2):e002187. doi: 10.1136/bmjopen-2012-002187. PMID: 23430598; PMCID: PMC3586056.