Antes de falarmos sobre como aliviar as dores da TPM, vamos entender o que é a TPM.

Medicamente conhecida como dismenorreia, ou simplesmente dores menstruais, a TPM (tensão pré-menstrual) caracteriza-se por desencadear sintomas dolorosos e mal-estar antes ou durante o período menstrual.

A TPM pode ser classificada como primária ou secundária de acordo com a sua relação ou não com outras patologias. Sendo assim, a TPM é considerada primária caso não esteja relacionada com nenhuma patologia, tratando-se assim de uma dismenorreia funcional e secundária caso apareça na sequência de uma patologia (p.ex.: endometriose ou miomas uterinos).

As mulheres que sofrem de TPM primária podem apresentar previamente e durante o período menstrual sintomas como: dor aguda/difusa na barriga (cólicas), dor na lombar, dor nas ancas, dor nas coxas e/ou joelhos, fadiga e enxaquecas, entre outros.

A severidade dos sintomas da TPM e a limitação que estes causam na vida da mulher podem variar muito devido à existência de outras condições clínicas que, muitas vezes, acompanham a menstruação. Entre elas, estão a sensibilidade mamária, o mau humor, pernas inchadas, prisão de ventre, diarreia, irritabilidade, náuseas, depressão e ansiedade.

Segundo estudos e estatísticas, cerca de 50% das mulheres sofre com sintomas da TPM primária ou funcional, sendo que dessa percentagem grande parte vê a sua vida limitada no período que precede ou durante a menstruação ao ponto de contribuir para afastamento laboral e escolar.

Porque surgem as dores da TPM?

No período menstrual e pré-menstrual a mulher experiencia alterações hormonais que provocam contrações no seu aparelho reprodutor e aumentam a tensão nas estruturas neuro-músculo-esqueléticas que com ele se relacionam (TPM).

Caso essas estruturas (articulações, ligamentos, músculos, vísceras, fáscias, etc.) não tenham capacidade de se adaptar a essas alterações, os seus movimentos intrínsecos serão dolorosos por falta de mobilidade e essa rigidez dificultará quer a chegada, quer a drenagem de sangue responsável pelo seu bom funcionamento.

Assim sendo, como o nome indica, a TPM funcional, por muito dolorosa que possa ser (e em alguns casos há mulheres que experienciam uma dor tão forte ao ponto de ficarem incapacitadas de, nesse período, realizar as aparentemente simples tarefas do dia-a-dia), não está associada a nenhuma patologia. Está, sim, associada a alterações na função do aparelho reprodutor e de outros aparelhos que o ajudam a funcionar e que, pela grande capacidade do organismo da mulher em se adaptar, não coloca a sua saúde em risco, “apenas” reduz drasticamente o seu bem-estar.

Porque tomar medicação não ajuda/não resolve?

Se em alguns casos o uso de analgésicos poderá ajudar a ALIVIAR as dores da TPM, não resolverá o problema por detrás dos mesmos. Este tipo de intervenção apenas CALA os sintomas através dos quais o organismo clama por ajuda, mas não têm qualquer efeito na MELHORIA DA FUNÇÃO dos órgãos do aparelho reprodutor.

Agora deve-se estar a perguntar: “se a medicação não resolve meu problema, o que poderá resolvê-lo?”. Existe uma alternativa muito eficaz e saudável para isso e vamos falar dela já a seguir.

Como posso tratar a minha TPM efetivamente e não apenas camuflar os sintomas?

Para entender tudo o que envolve e causa as dores da TPM, é preciso conhecer as estruturas envolvidas com a reprodução e com o ciclo menstrual. Vamos falar de forma simples e sucinta para que fique mais fácil compreender as suas dores.

O aparelho reprodutor feminino, muito basicamente, é composto por útero, trompas de Falópio e ovários. Para que essas estruturas funcionem bem e não causem as típicas dores menstruais que acima mencionamos, precisam que as suas relações com os músculos que as envolvem, com os órgãos vizinhos, com os ligamentos que as sustêm, com os nervos que lhes conduzem a informação necessária para trabalharem e com o aparelho circulatório que é fundamental para a sua nutrição, estejam livres para se moverem sem restrições. E É AQUI QUE TEMOS A SOLUÇÃO PARA SI: A OSTEOPATIA.

O Osteopata usa técnicas manuais que permitem diagnosticar quais dessas estruturas se encontram com o seu funcionamento comprometido e, também, normalizar as tensões responsáveis por esse mau funcionamento, relaxando-as, melhorando a sua fisiologia através de um melhor aporte sanguíneo, drenagem, diminuição da tensão, regulação das divisões do sistema nervoso responsáveis pelo seu funcionamento e sua relação com os outros órgãos, cuja posição pode prejudicar o bom funcionamento do aparelho reprodutor, por exemplo, comprimindo-o.

Dois exemplos de como essas relações de interdependência funcionam:

A localização dos ovários

Os ovários estão “suspensos” na coluna lombar através do ligamento lombo-ovárico. Alterações na mecânica da lombar irão influenciar e tensão desse ligamento. Ora, como já explicamos, no período que precede e durante a menstruação existem alterações na tensão do aparelho reprodutor e nas suas relações com outros aparelhos. Neste caso, se a lombar não estiver suficientemente móvel para enfrentar a mudança no tónus do ligamento lombo-ovárico, estão criadas as condições para desenvolver um quadro de lombalgia durante ou antes do período menstrual.

Alterações posturais

Uma mulher com alterações posturais (p.ex.: hiper cifose) poderá ter alterações na pressão intra-abdominal prejudiciais à livre circulação de fluidos (sangue e linfa) e que interferem no bom funcionamento do aparelho reprodutor. Posturas como essa, poderão levar alguns órgãos a encontrarem-se em ptose (descidos em relação à sua posição fisiológica), o que irá aumentar o peso que exercem sobre o aparelho reprodutor e dificultando a capacidade que este tem de ter para modificar o seu tónus e contrações durante o período menstrual e que caso aconteça será passível de gerar dor.

A Osteopatia pode te ajudar!

É assente em princípios biomecânicos e biodinâmicos, mas sem esquecer a componente biopsicossocial de cada mulher, que a Osteopatia aborda as alterações no ciclo menstrual tendo em conta a globalidade do seu corpo em todas as suas dimensões (neuro-músculo-esquelética, hormonal, circulatória, psicológica, etc.).

Assim sendo, se sofre de TPM (dismenorreia primária), não dê por adquirido que TEM DE VIVER COM DOR. A Osteopatia pode ajudá-la a perceber o porquê dessa dor existir. Enquanto se limitar a tomar medicamentos, poderá ter a sorte dos seus sintomas diminuírem, mas não tratará A CAUSA DO PROBLEMA.

Observação: Todas as técnicas são realizadas de forma NÃO-INVASIVA, sendo previamente explicadas e aplicadas mediante consentimento da paciente.

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